quinta-feira, 15 de setembro de 2011

10 coisas que aprendi em Londrina

No último final de semana estive em Londrina no Paraná. Já estive lá muitas vezes na verdade, não foi a primeira vez. Mas acho que esta vez foi a que eu voltei com um pesar maior no coração. Fiquei triste, pois é estranho você chegar a uma cidade e por mais que você seja um visitante as pessoas te tratem como se você fosse de lá e dessa vez eu não queria mesmo ir embora. Na viagem de volta fiquei pensando nas coisas que aprendi nesses últimos anos e que fizeram parte destas minhas idas e vindas a Londrina e o motivo de eu gostar tanto de lá. Então segue abaixo o meu “top 10” Londrina.

Gírias da Carol Hatada - São clássicas. De longe a Carol é a pessoa que eu mais me espelho pra falar frases “toscas” super engraçadas. “Ai que pesado”, “Vai perder uma muié dessa”, “se ta difícil pra gente imagina pra classe média” entre outras. Acho que todo mundo devia conhecer a Carol porque ela é muito engraçada.

Um zoa o outro e todos zoam a Tatão - A Tatão é uma das pessoas mais firmezas que eu conheci. É super dedicada em tudo o que faz, mas eu não sei por que (mentira sei sim) é uma pessoa que a galera sempre zoa. Desde os mais velhos até os mais novos do yosakoi e até quem não é do Sansey (o que é o meu caso). Mas no fundo eu consigo ver que a Tatão tem um coração enooooorme e adora que as pessoas peguem no pé dela.

Fofocas com a Aline - Nossa, a Aline é a pessoa que eu mais me identifico no Grupo Sansey, é super gente fina, engraçada e a gente conversa sobre tudo, além de ser uma das minhas melhores amigas de lá. O mais legal é a gente ter liberdade pra fazer as nossas fofocas. Na verdade a gente não fofoca – fala a verdade. Chegamos a essa conclusão no último Londrina Matsuri.

Aconteça o que acontecer não faça Kawaizisse. Esse é de longe o mais perigoso. Kawaizisse é tudo aquilo que você sabe que não tem chance alguma de dar certo mas mesmo assim você faz, é falar coisas, prender um elástico no rosto e achar que está tudo bem, entre outras. Mas é aí que mora o perigo, por que quase nunca kawaizisse dá certo.

Todo mundo que você não conhece chama Jow - Jow é uma das primeiras coisas que eu aprendi com a Aline e só depois que eu entendi realmente o que significa. Jow é aquela pessoa que você sabe quem é, ou as vezes não sabe mesmo, mas vem, te cumprimenta, fala com você numa boa e você não lembra o nome. Então a maneira mais fácil é você falar “e aí Jow beleza?” e tá tudo certo. Claro que isso não acontece comigo por que eu sempre me lembro do nome das pessoas, né Aline?(Hahahahaha).

O dogão do Arnaldo’s é o melhor - Não importa se você é de São Paulo e acha que aqui o Blackdog é o melhor dogão que já comeu na vida. Uma visita à Londrina não pode deixar escapar uma passadinha no Arnaldo’s. Eles servem um dos melhores hot-dogs que eu já comi na vida. São simples, não tem nada de mais nem aquele efeito “óóóóóó”, mas é super gostoso e todo mundo que é de Londrina gosta e recomenda. Aos sábados é tenso ir por que bomba muito lá.

Vitamina verde - Eu não lembro onde fica a pastelaria que vende essa vitamina e eu nem sei o que vai dentro dela. Só sei que é verde e é gostosa. Tomei apenas uma vez, mas achei muito gostosa.

Camelódromo - Você acha que aqui em São Paulo a Santa Efigênia é o único lugar onde tem muambas, jogos, consoles, porcarias que você não precisa e afins no Brasil. Pois é, enganou-se. Em Londrina temos o camelódromo. Eu não faço a mínima idéia também de onde ele fica, só sei que fica próximo ao lugar onde eu tomei a vitamina verde e lembro que eu fiquei tentado a comprar um Nintendo DS da última vez que fui lá. Os preços são os mesmos daqui de Sampa, mas pra quem é de fora aquele momento “wow tem isso aqui?” sempre acontece.

Todos os pais são “tios” - Pra falar a verdade eu não sei o nome dos pais de ninguém no Sansey, então chamo todo mundo de tio ou tia. Acho que eles nem ligam, já estão super acostumados com isso. Mas a minha tia número 1 é a mãe do Deco. Ela me trata como se eu fosse filho dela e todas as vezes em que ela me recebeu na casa dela eu me senti como se estivesse na minha casa. Ela é uma tia nota 10!

Por último, mas não menos importante tem as tosquices do Deco - O Deco (Wanderson, mas este nome é muito feio huahauhauhua) foi a primeira pessoa do Sansey que eu tive um contato maior. Ele é um cara super simples, mas é o mais tosco que eu conheço. Com ele eu já andei de moto, de Fiat 147, fiquei até tarde sem rumo nas ruas, conheci o shopping, o zerão, o suco da rodoviária, a história do mercado Muffato, passei o ano novo entre outras coisas. Eu devo a ele muita coisa que eu aprendi sobre Londrina. A única coisa ruim é que agora a gente já não se fala e nem tem o mesmo contato que tínhamos antes. =/

Bom, eu podia listar muito mais coisas do que este “Top 10” mas o post já ficou muito longo mas esta é uma pequena homenagem minha à galera que sempre me recebeu muito bem e que eu gosto demais! Obrigado por tudo galera!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Festival Yosakoi Soran Brasil 2011


O ano está passando tão rápido! Já estamos na metade do mês de agosto e muitas coisas já aconteceram.

O Festival Yosakoi Soran Brasil 2011 foi realizado no domingo, 31 de julho na casa de shows Via Funchal, tivemos duas apresentações, uma ao meio-dia e outra às 17 horas.

O clima de descontração e brincadeiras entre os integrantes do Ishin foi bem legal. Os integrantes mais novos não estavam tão nervosos quanto eu achei que estariam com a pressão de ver outros grupos, o tamanho do palco da Via Funchal e principalmente do público.

O Festival contou com a participação de grupos vindos de diversas cidades do Brasil. Além dos tradicionais que já participam todos os anos, neste ano o que mais me impressionou foi a participação dos Grupos Yui soran de Belém no Pará e KiShouRaku vindo de Taguatinga no Distrito Federal.

As apresentações dos grupos foram muito boas e me surpreendi nesses seis anos de Festival Yosakoi Soran ao ver que o nível está mesmo a cada ano cada vez maior.

A premiação da categoria juvenil ficou por conta dos grupos Tomodati de Birigui do interior paulista no primeiro lugar com a coreografia “Aki no Kaze – Ventos de Outono” inspirada no outono e no sentimento dos japoneses nesta estação do ano, o segundo lugar foi para o grupo Escola Japonesa de Biritiba Mirim, município da grande São Paulo que apresentou sua coreografia com o tema “agradecimento” em  homenagem aos pais e professores da escola que sempre ajudam e incentivam o grupo e o terceiro lugar foi para o Heisei Naruko Kids de São Paulo Capital com uma coreografia que eu não me lembro o significado mas as crianças eram muito bonitinhas (hehehe).

Na categoria adulto por outro lado só deu Paraná. O estado apresentou grupos fortes com coreografias intensas, passos criativos e posicionamentos muito legais. O grupo Saikyou de Maringá conquistou o bi-campeonato da categoria adulto com uma coreografia inspirada nos movimentos do sol, confesso que foi uma das que mais gostei, o grupo parecia estar numa mesma sintonia e os passos foram muito legais. Além da coreografia com o kasá que foi muito bruta. O segundo lugar foi para o grupo Mugen Kyodai de Paranavaí que apresentou a coreografia “Mangekyou no Monogatari – Contos da Lua Cheia” em homenagem a sensei Masako Shimahara, as roupas deles eram bem legais e a música ficou na minha cabeça bastante tempo. O terceiro lugar ficou com o grupo Wakaba de Curitiba e sua coreografia com movimentos inspirados no teatro kabuki. Fiquei muito feliz pelo Wakaba que há muitos anos assim como o Ishin vem esbarrando na trave, mas este ano venceu. Eu gostei muito da coreografia. Acho que mudaram o estilo dos passos e da movimentação o que deu um ar diferente ao grupo, que estava muito coeso.

O Grand Prix que é o prêmio geral dedicado ao grupo com maior nota entre todas as categorias e que teve maior destaque segundo os jurados foi para o grupo Sansey de Londrina. O grupo sagrou-se hexa-campeão do Grand Prix com a coreografia “Alegria” que transmitiu o verdadeiro sentimento dos dançarinos através da dança. Sem as vestimentas tradicionais e com muita emoção, o grupo Sansey conseguiu conquistar a platéia apresentando uma coreografia simples, bem elaborada e com uma música bastante conhecida entre os participantes do Festival, porém executada de uma maneira totalmente diferente que prendeu minha atenção desde o começo, fiquei muito feliz com a premiação pois muitos grupos desacreditaram e subestimaram o grupo que provou que é preciso muito mais do que roupas e música pra se sagrar campeão.

O grupo Ishin, do qual faço parte desde 2005, apresentou a coreografia “Kizuna - Laços” que demonstra a união e força de vontade de todos os integrantes do grupo. Mesmo não tendo ganhado nenhum prêmio fiquei muito feliz com a participação em mais um festival e estar ao lado dos Ishins. Acho que o mais importante é participar e mostrar aos outros grupos que estamos aqui e que fazemos o que mais gostamos juntos e que não importa se você ganha prêmios ou não, se você se dedica o reconhecimento vem naturalmente.